Acadêmicos terão picanha e camarão a R$ 3,80 em restaurantes universitários da UEPG; carnes foram doadas após apreensão
Itens vão compor temporariamente o cardápio de dois restaurantes da universidade. Carnes, doadas pela Receita Federal, foram apreendidas após polícia localizar carga de origem argentina sem nota fiscal.
Carnes foram apreendidas na sexta (20) e doadas em caráter de urgência — Foto: RPC
A comunidade acadêmica que frequenta os dois restaurantes universitários da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), nos Campos Gerais, ganhou, temporariamente, uma opção pouco habitual no cardápio: picanha e camarão.
São 1.225 quilos de picanha, com as peças embaladas a vácuo, e outros 80 quilos de camarão que vão começar a ser servidos em 9 de fevereiro. O ano letivo começa em 1º de fevereiro.
As refeições na UEPG para acadêmicos custam R$ 3,80. De acordo com a instituição, os dois restaurantes nos campi Central e Uvaranas não funcionam com portas abertas para o público externo. Por dia, aos estudantes, eles servem cerca de duas mil refeições.
Segundo a universidade, as carnes foram doados pela Receita Federal após uma apreensão na sexta-feira (20). A carga foi avaliada em R$ 64 mil e, por ser perecível, foi doada em caráter de urgência após a apreensão.
Com camarões, chef dos restaurantes diz que pretende fazer risoto — Foto: RPC
De acordo com a UEPG, os alimentos têm validade de 90 dias.
A ideia da reitoria é que as carnes sejam servidas nas primeiras semanas, como uma espécie de boas vindas para os acadêmicos. Os pratos devem ser variados, como adianta o chef de cozinha.
“A picanha será feita assada, ao forno, com sal grosso e ervas finas. E pode sair um molho também para acompanhar. O camarão pela quantidade a ideia é um risoto. Mas não os dois juntos”, adiantou o chefe dos R.Us, Marcelo Hartmann.
A apreensão
Segundo a Receita Federal, a carga foi apreendida na BR-277, na região de Guarapuava, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A carga foi trazida da Argentina e seria entregue a churrascarias de Curitiba, que não tiveram os nomes revelados.
Segundo o delegado da Receita Federal Demétrius de Moura Soares, as carnes foram barradas por irregularidades na documentação.
"A carne é do tipo exportação. Ocorre que quando a carga chegou no Brasil, os tributos não foram pagos. E por isso a legislação preconiza que nessas situações se aplique de impedimento a essa mercadoria".
Antes da doação das carnes pela Receita, o órgão e a UEPG mantinham outras parcerias institucionais para projetos sociais variados.
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