A temporada anterior gerou protestos decorrentes da cota estabelecida, que não atendeu as expectativas dos pescadores artesanais e principalmente industriais, onde pela primeira vez foi proibida de pescar tainha pelo Governo Federal.
Foto: FOTO: Vanessa Karine// RCN
As discussões sobre a pesca da tainha ocupam um espaço significativo nas pautas do setor pesqueiro. Em uma entrevista à Rede Catarinense de Notícias, o Secretário de Aquicultura e Pesca de Santa Catarina, Tiago Bolan Frigo, abordou desafios enfrentados pelo estado em relação à definição das cotas para o ano de 2024.
"Nós estamos num grupo de trabalho criado pelo Ministério da Pesca discutindo as cotas para o ano de 2024. É uma discussão que não é fácil", afirmou o secretário. Frigo ressaltou as preocupações do governo catarinense quanto à equidade na distribuição das cotas, especialmente em comparação com o Rio Grande do Sul, que, segundo ele, tem obtido privilégios desproporcionais na pesca da tainha, lá não existe limite de captura.
A temporada anterior gerou protestos decorrentes da cota estabelecida, que não atendeu as expectativas dos pescadores artesanais e principalmente industriais, onde pela primeira vez foi proibida de pescar tainha pelo Governo Federal. "O setor pesqueiro Catarinense queria autorização maior para a pesca da tainha, pois apenas o Estado de Santa Catarina tem cotas", destacou o secretário. A discussão das cotas de pesca para 2024 visa evitar conflitos semelhantes e garantir uma abordagem mais equilibrada.
Além das questões relativas à pesca da tainha, o Governo de Santa Catarina vem trabalhando para solucionar outras demandas do setor pesqueiro. Recentemente, foi editada a Portaria 1/2024, que regulamenta a pesca profissional artesanal da lula no estado. Frigo enfatizou a importância dessa medida para os pescadores, destacando o papel da Secretaria da Aquicultura e Pesca em atender às necessidades da categoria.
"A liberação segundo o próprio Governo Federal, dependia apenas de uma ação do Governo Estadual, então de imediato, com a parceria da Polícia Ambiental, editamos uma portaria permitindo que até o dia 30 de março de 2024, o pescador artesanal desembarcado e embarcado, possa pescar tranquilamente a lula de tarrafa e linha-de-mão (zangarilho) com auxílio de atrativo luminoso", explicou o secretário.
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