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Representantes das maiores empresas de conversas de pescados do Brasil pediram ao governo maior estímulo à exportação, sobretudo a retomada do mercado europeu, e garantia de que o imposto de importação das matérias primas seguirá com a atual taxa especial. A demanda foi apresentada no início da noite desta terça-feira, em audiência com o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
“Essa é uma pauta que será tratada em parceria com outros ministérios, como Meio Ambiente, Agricultura e Indústria, Comércio e Serviços, por envolver questões que vão além da proteção ao pescador”, respondeu o ministro. André de Paula ressaltou ainda a importância de as empresas se articularem com as lideranças parlamentares que possam discutir a pauta no Congresso Nacional.
Presente em todo o território nacional, as indústrias de conservas empregam pouco mais de 10 mil pessoas, segundo seus representantes. Além de outros 30 mil empregos indiretos.
Anos atrás, o Brasil produzia toda a sardinha beneficiada pelas empresas de conservas. Mas a pesca teve uma redução importante — de 117 mil toneladas em 1997 para 33 mil toneladas em 2021 —, e o Brasil passou a importar parte da sardinha posta nas latinhas de conserva. Essa parcela da matéria prima é comprada com tarifa de importação reduzida. O que a indústria quer é a manutenção dessa tarifa, que tem revisão anual.
O potencial de faturamento, segundo disseram, é de mais de R$ 10 bilhões anuais. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), Eduardo Lobo, afirma que esse número poderia ser ainda maior, caso conseguissem retomar a exportação para a Europa.
Lobo destacou que esse é o ponto de partida para as mudanças que o setor precisa. “O governo federal sabe da importância dessas indústrias para a economia do país. Esse encontro é fundamental para abrir as propostas do diálogo e as negociações que beneficiarão toda a cadeia produtiva que envolve o nosso segmento”, completou.
Acompanhando os representantes do setor, o deputado federal Luiz Nishimori (PSD/PR) pontuou que faltam projetos que possam ser contemplados pelo orçamento do governo federal para incentivar a cadeia da indústria de conservas.
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