Equipe de estudantes de graduação e pós-graduação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Aquicultura (CPDA), do Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, participou do treinamento de realização de necropsias em peixes e extração de órgãos, para rastreamento de agentes patogênicos, aqueles que causam doenças infecciosas nos animais.
A prática da atividade, realizada em janeiro, teve como propósito complementar o conhecimento e expandir habilidades importantes para o desenvolvimento dos estudantes e de suas futuras carreiras. O treinamento foi ministrado pela pesquisadora Danielle de Carla Dias, sob a supervisão do pesquisador e médico veterinário Carlos Ishikawa, ambos do CPDA, no Laboratório Interinstitucional de Sanidade em Aquicultura, que integra o Centro de Pesquisa, localizado na Vila Mariana (SP).
Trata-se de uma ação de aprendizagem e prática do projeto Detecção e caracterização in vitro de cepas circulantes de ISKNV (vírus da necrose infecciosa de baço e rim) por métodos fenotípicos e moleculares, financiado pela FAPESP, apoiado pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e executado pelo Instituto de Pesca, sob coordenação da pesquisadora Claudia Maris Ferreira Mostério, também do CPDA.
Claudia explica que “o projeto irá rastrear este vírus emergente em diferentes regiões hidrográficas do Estado de São Paulo. A intenção é não apenas construir um mapa epidemiológico, mas também realizar o sequenciamento total do vírus e seu isolamento em cultivo celular para posterior desenvolvimento de vacinas. Ele integra um dos projetos vinculados ao Centro de Ciência e Desenvolvimento - Soluções para combate às doenças emergentes na piscicultura: diagnósticos, vacinas e seleção genética, projeto do Instituto de Pesca também aprovado pela FAPESP”.
Na prática
Perguntado como foi a experiência de participar do treinamento, o estudante da Pós-graduação do IP, Lucas Oliveira Desidera, disse ter sido “Muito enriquecedora! Foi uma ótima oportunidade de capacitação ao lado de profissionais experientes que instruíram a mim e a outros alunos em como abrir um peixe corretamente e como fazer a retirada de fígado, baço, vesícula, rins e intestino, bem como realizar a identificação de cada órgão. Utilizamos peixes pequenos de até 20 gramas, o que tornou um pouco mais difícil de realizar a atividade, mas nos deixa mais confiantes ainda caso precisemos fazer o mesmo procedimento em peixes maiores”.
O estudante ainda acrescentou que “treinamentos como esse são de suma importância para nossa profissionalização. Apesar do meu projeto ter um foco no cultivo de células de tilápias, nós também realizaremos a coleta desses peixes bem como a remoção desses órgãos. Para isso, necessito dessa experiência prática para saber identificar e retirar corretamente os órgãos que iremos utilizar em nosso estudo”, diz Lucas.
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